Hoje à tarde, enquanto lia sobre a obra de H. P. Lovecraft, que segue sendo um de meus autores favoritos (em parte devido às suas semelhanças comigo, nos aspectos psicológico e teratológico), encontrei uma passagem, escrita jocosamente por um comentarista na Usenet, zombando das inúmeras obras que foram escritas até hoje empregando como clichês os elementos mais característicos das histórias lovecraftianas, os chamados “pastiches”:
Será que ninguém escreveu um anti-pastiche? Centrado em um culto que acabou de ser formado, com prateleiras cheias de livros comprados na B Dalton [uma cadeia de livrarias americana equivalente à nossa Cultura MegaStore] e vários cadernos ainda preenchidos apenas pelas linhas azuis, que tem um bom relacionamento com a comunidade…
Ao ler isso eu quase cuspi no teclado a água que estava bebendo. Esta é a sinopse da “Confraria dos Temerários” (de que já publiquei uma parte aqui no blog)! Caramba! Alguém teve essa ideia em 1997 e ela certamente está rodando por aí, nas mãos de escritores talvez até mais competentes do que eu! Certamente já existe esta história, de alguma forma. Para a sinopse ficar completa, só faltou mencionar o meu protagonista, um jovem psicólogo que estuda a fixação de certos indivíduos por grimórios.