Em um mundo eternamente provisório, efêmeras letras elétricas nas telas de dispositivos eletrônicos.
04
Jul 12
publicado por José Geraldo, às 19:37link do post | comentar
Era 1993 e eu estava voltando da faculdade, tarde da noite. Havia um burburinho de flamenguistas em um bar assistindo Boca x Flamengo. Os argentinos ganhavam por 1 x 0. Aproximei-me receoso para ver o placar e justo quando cheguei os argentinos marcaram. Gritei Goooooooooooooool e de repente me vi cercado de olhares ferozes. Algumas pessoas se levantavam da cadeira. Sebo nas canelas. Mas era difícil correr gritando— Felizmente sobrevivi para contar a história, e sobrevivi feliz!

publicado por José Geraldo, às 08:40link do post | comentar
A tristeza deste século que chegaserá de não haver mais horas mortase nem fantasmas nelas.Um mundo iluminado, limpo e organizado,sem espaço para transgressões.A melancolia será subterrânea e todos acuados,teremos de ter e de ostentar.Os seres tristes sorrirão tambéme se atracarão às lumináriasem busca de pé no remoinho.A agonia que haverá na nova eraserá o som do mundo ininterruptoacima da perspectiva do infinito,mais forte que o pulsar dos corações.Um mundo preenchido, pleno e certificadoonde a insatisfação será um problema secundáriodiante da impossibilidade evidentede ouvirem nossos gritos.Os seres tristes somente poderãosoltar-se numa alegria fingida e sem sentidoe dançar para não mostrarem o que são.A repressão que espera na esquina será a ausência de ouvidos.Será estar na praça do infinitolendo um romance de cavalaria.O mundo ritmado funcionará aindae todos seguirão o enterro de seus dias,como relógios, inconscientes das horas.A solidão nos Belos Tempos será somentedelinear um pensamento e descobrir depoisque a solidez de um momento é ilusão.Como a bolha de sabão que sobepara estourar contra a vidraça sem voar.Nós passamos e não deixamos traço,e não voamos, a não ser cá dentro.E parece haver além beleza e umidade,mas o breve instante que pensamosnão é bastante que o vento nos carregue:o homem é uma bolha de sabão que sonhae não há janela aberta e nem vento.

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