Em um mundo eternamente provisório, efêmeras letras elétricas nas telas de dispositivos eletrônicos.
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Jul 12
publicado por José Geraldo, às 22:00link do post | comentar
  1. Shadow of the Hierophant (Steve Hackett). Guitarrista «pouco brilhante» que foi praticamente posto para fora do Gênesis antes que ele, liderado por Phil Collins, se trans­formasse numa imensa máquina de ganhar dinheiro, com um inexplorado potencial de produção de bonequinhos fofuchos, Hackett estreou na carreira solo com um álbum de encher os ouvidos. Um álbum que eu possui durante oito anos e nunca tinha ouvido. Hoje sei lá por que cargas d'água resolvei pô-lo para rodar e meu queixo caiu. Shadow of the Hierophant («A Sombra do Sacerdote», ou algo assim) é uma longa e variada peça musical de onze minutos de duração caracterizada pela extrema beleza de cada acorde, de cada frase musical, de cada nota desferida por cada dedo. Fecha com chave de platina um álbum pouco ouvido e hoje cada vez menos conhecido de um artista que vai morrer no anonimato sem que a juventude saiba de seu talento (mas sabe fazer o lelelê).
  2. Orgasmatron (Motörhead). Sempre tive um certo preconceito contra esse grupo. Primeiro por causa da obscura história de como Lemmy Kilmister (baixista e vocalista) foi expulso do Hawkwind, um outro grupo de que eu costumava gostar (e hoje apenas detesto moderada­mente), e segundo porque certas capas de álbuns deles são de um mau gosto que devia até ser crime. Mas quando ouvi essa porrada no YouTube, por indicação de um amigo, eu percebi que preciso conhecer melhor o trabalho do Motörhead. Não tem nada a ver com a sutileza musical e a beleza estética do trabalho de Hackett, mas Lemmy manda bem a sua mistureba singela de poucos acordes, melodias grosseiras, letras políticas, vocais roufenhos e perfeita sincronia com a rebeldia dos anos oitenta.
  3. Solar Musick Suite (Steve Hillage). Outra que dormitou no meu computador durante quase uma década sem que eu a ouvisse. Os vocais adolescentes de Hillage, acompanhados por músicos de primeira (companheiros seus no porra-louca Gong) e por uma guitarra econômica, mas certeira, dão o tom desta peça mística, melodiosa, mas ao mesmo tempo provocativa e interessante. O motivo pelo qual demorei tanto a criar coragem de ouvir esta canção é justamente o Gong, grupo interessante, mas cujo trabalho não me interessa com muita frequência justamente por ser louco demais (quem duvida procure no YouTube por uma canção chamada «Flying Teapot»). Mas a carreira solo de Hillage é mais comportada e até, ouso dizer, melhor.
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