Em um mundo eternamente provisório, efêmeras letras elétricas nas telas de dispositivos eletrônicos.
08
Out 12
publicado por José Geraldo, às 23:01link do post | comentar
Tenho pouca paciência com as coisas grandes.
Minha vida é tão pequena, e o mundo também.
Tantas coisas grandes só servem para espremer-nos,
Obrigar-nos, coagir-nos.

Uma das vantagens de se fazer versos
É que quando as linhas ficam assim,
Umas encima das outras,
Você pode dizer pequenos absurdos
E as pessoas leem com seriedade.

Os grandes absurdos, porém, estes não,
Não cabem nas linhas curtas dos poemas.
Para estas obscenidades que matam e que ferem
São necessários ensaios e romances.

Deixem em paz, portanto, os poetas.
Os pequenos poetas.
Jardineiros de ideias brotadas cedo,
Pastores de si mesmos.

Não venham zombar dos poetas
E seus pequenos abusos
Contra a ordem sobrenatural das coisas.
Preocupem-se primeiro
Com as coisas grandes e graves.
Especialmente aquelas que nascem
De gente que nunca escreveu poesia.
assuntos:

mais sobre mim
Outubro 2012
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
11
12
13

14
15
16
17
19
20

21
22
23
24
25
26

28
29
30
31


comentários novos
Ótima informação, recentemente usei uma charge e p...
Muito bom o seu texto mostra direção e orientaçaoh...
Fechei para textos de ficção. Não vou mais blogar ...
Eu tenho acompanhado esses casos, não só contra vo...
Lamento muito que isso tenha ocorrido. Como sabe a...
Este saite está bem melhor.
Já ia esquecendo de comentar: sou novo por aqui e ...
Essa modificação do modo de ensino da língua portu...
Chico e Caetano, respectivamente, com os "eco...
Vai sair em inglês no CBSS esta sexta-feira... :)R...
pesquisar neste blog
 
arquivos
blogs SAPO