Em um mundo eternamente provisório, efêmeras letras elétricas nas telas de dispositivos eletrônicos.
23
Jan 09
publicado por José Geraldo, às 16:04link do post | comentar | ver comentários (1)

A maioria de nós está acostumada com um padrão porco de layout de texto. Não nos importa mais a qualidade porque nunca conhecemos a qualidade, ou então a julgamos algo inatingível. Ao longo desta postagem, no entanto, você conhecerá livros feitos com altíssimo padrão de qualidade de design, feitos com LATEX, e então se perguntará: por que eu não desejo que meus trabalhos tenham esta qualidade?

A maioria de nós está acostumada com a idéia de que devemos pagar a outras pessoas para que façam por nós aquilo que desejamos. Nada errado com isso se você tem condições de pagar. Mas para a maioria de nós que não tem dinheiro sobrando, a opção de fazer por conta própria é uma necessidade. Através do LATEX podemos obter isso, a um custo baixo.

LATEX é talvez o melhor e o mais estável programa de leiaute de documentos de texto do mundo.
Ele vem sendo aperfeiçoado e debugado há mais de vinte anos, além de ter sido originalmente feito de acordo com séculos de conselhos de tipógrafos. Herman Zapf (o sobrenome te diz alguma coisa) ajudou Donald M. Knuth a desenvolver o TEX original.
É o único programa que permite a impressão correta de fórmulas matemáticas.
Mas não pense por isso que ele se limita à matemática: a seguir você verá romances e obras de ciências humanas compostas com LATEX.
É software livre e gratuito e está disponível para todos os sistemas operacionais.
A principal conseqüência disso é que você não ficará preso a uma empresa e poderá obter a mesma qualidade tipográfica em todos os seus computadores.
Nenhum formato de arquivo de texto é tão estável e portável
Documentos gerados há vinte anos ainda podem ser corretamente impressos. Se você usa apenas os comandos padrão, sem depender de pacotes de terceiros, o seu documento poderá ser compartilhado com todos os usuários do programa, sem problemas.
O código fonte é um arquivo de texto
Você não corre risco de “corrupção do arquivo” e nem terá problemas apra mandá-lo por correio eletrônico.
LATEX não é mais difícil do que HTML.
Portanto, a menos que você realmente rejeite de antemão aprendê-lo, você tem como usá-lo sem dificuldades.
Sua única grande fraqueza é não ser visual
Mas isto pode ser uma qualidade, pois você não dependerá de uma interface gráfica pesada e poderá rodá-lo em um sistema antigo.

Dario Taraborelli compilou uma série de exemplos de como o LATEX é superior ao MS Word e aos demais processadores de texto visuais. Gerben Wierda também possui uma lista de exemplos muito interessante, mas nada se compara aos exemplos da Tseng Books.

Como você pode ver, qualidade não é algo que dependa de um programa de cinco mil reais a licença ou de pagar mil reais a alguém que faça por você. Vamos pôr as mãos à obra?

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16
Jan 09
publicado por José Geraldo, às 17:42link do post | comentar

Para a maioria das pessoas o LATEX parecerá um modo muito estranho de se trabalhar com documentos de texto. Afinal, texto é uma informação essencialmente visual e o LATEX trabalha com ela de forma não-visual e não-interativa. Pode parecer um contra-senso, mas na verdade é apenas uma forma conceitualmente diferente de se abordar o mesmo problema.

Processamento de Texto

Quando os primeiros computadores foram criados não havia nenhuma idéia de que eles algum dia fossem usados para produzir conteúdo, para compor livros, para trocar informações em texto. A idéia do computador era a de uma super máquina de calcular, que, aliás, é o que significa a palavra. Por esta razão os computadores não foram dotados, inicialmente, de toda a capacidade de geração e formatação de textos que estava disponível nos linotipos, as antigas máquinas de composição tipográfica.

Originalmente os computadores só incluíam 96 caracteres, que correspondiam às 52 letras (maiúsculas e minúsculas) os 10 algarismos e alguns sinais de pontuação e operadores matemáticos essenciais. Muitas simplificações foram feitas para economia de espaço. Por exemplo, as “aspas iniciais e finais” com formato diferente foram consolidadas em um único símbolo, as "aspas duplas". Os três tipos de símbolos de barras (hífen, sinal de menos e travessão) foram consolidados em um só. As ligaturas (letras especiais destinadas a facilitar a leitura) foram deixadas de fora. Nada disto era um problema muito sério quando o texto produzido pelo computador era em fonte monoespaçada e não se caracterizava pela complexidade. Demorou muito tempo até que alguém tivesse a idéia de armazenar no computador obras literárias.

Quando estas máquinas começaram a ser introduzidas no mercado editorial aconteceu uma queda sensível na qualidade gráfica de jornais, revistas e livros. As limitações do computador foram repassadas ao meio impresso porque as pessoas já haviam se acostumado a não mais usar coisas como aspas diferentes, ligaturas, travessões, etc. Demorou muito tempo até que o problema começasse a ser enfrentado.

O TEX, criado por Donald M. Knuth entre 1976 e 1983 foi uma dessas pioneiras tentativas. Outras surgiram depois. Todo programa de computador que se propõe a transferir texto armazenado em meio eletrônico para ser impresso é um processador de textos. Basicamente há três categorias de processadores de texto: os formatadores de texto, os formatadores baseados em linguagens de marcação e os interativos.

Um formatador de texto é um programa que utiliza um arquivo de texto qualquer e o transforma em um conteúdo imprimível, normalmente se limitando a formatar parágrafos e introduzir títulos segundo convenções básicas, que existem desde os primórdios da informática. Uma destas convenções é a de *texto entre asteriscos* quer dizer negrito e /texto entre barras/ quer dizer itálico.

Um formatador de textos baseado em linguagem de marcação é mais poderoso e também mais complexo: ele depende que o texto seja mesclado a comandos de formatação específico. Através destes comandos o LATEX pode, por exemplo, gerar equações impressas da forma correta.

Um processador de textos interativo lhe permite trabalhar simultaneamente no conteúdo e na apresentação de seu texto, ou seja, você digita e tem uma idéia quase segura de como o seu texto aparecerá impresso. Um exemplo desta abordagem é o Microsoft Word.

Controvérsia sobre o Processamento de Textos

Existe uma grande controvérsia [texto em espanhol] se esta “interatividade” (palavra que está na moda e passa grande credibilidade) é de fato algo bom. Para alguns autores, a visão simultânea do texto e de seu aspecto formatado funciona como uma distração, dificultando que o autor se concentre no conteúdo enquanto se preocupa com coisas de importância secundária, tais como alinhamento de parágrafos, linhas órfãs e viúvas, tipo e tamanho de letra, etc. Segundo esta visão, se o autor tiver a opção de trabalhar focado exclusivamente no conteúdo ele produzirá mais. Portanto, a separação de conteúdo e apresentação se apresenta como uma alternativa mais funcional. Esta é a estratégia que você adotará ao trabalhar com LATEX.

Ao instalar os programas que recomende em meu post anterior, você não verá nenhum programa novo em seu menu de programas. Você procurará e nada achará porque o LATEX não é um programa que possui interface de usuário! Depois de instalado e configurado, você precisará escolher a sua interface.

Eis um novo conceito ao qual o leitor talvez não esteja acostumado: escolha. A grande maioria dos usuários de computador está acostumado a soluções prontas, que supostamente “funcionam” out-of-the-box e se sente desconfortável com a perspectiva de ter de usar um programa que lhe pede escolhas. Isto, porém, não é uma desvantagem, mas uma vantagem: existem várias formas de se trabalhar com LATEX e você pode escolher a que melhor lhe sirva.

No site LATEX Llinks Page você encontra uma lista de editores populares para Windows. Se você usa Linux, suas escolhas óbvias recairão sobre o Kile ou algum editor de textos com suporte a LATEX, como o gVim, o TEA ou o Moo-Edit (mEdit). Uma abordagem diferente pode ser tentada através do LYX, mas ela só é recomendável se você realmente tiver muita dificuldade de digitar sem feedback visual.

Seu Primeiro Documento em LATEX

Uma vez instalado e configurado o seu editor de textos, tudo que você tem a fazer é escrever o seu texto, incluindo as marcas de formatação que julgar necessárias, e depois “compilar” o documento através do LATEX. A edição, teoricamente, poderia ser feita até no Bloco de Notas do Windows, a única coisa que os editores de LATEX fazem por você é automatizar tarefas como abrir e fechar chaves ou inserir automaticamente seqüências de comandos. Alguns permitem ainda que você compile de dentro deles o seu documento e execute o visualizador de documentos para saber como ficou.

O TEX (pronúncia correta igual ao inglês tech) é um programa de computador que faz a conversão de um arquivo de texto com marcas de formatação para um arquivo imprimível contendo a descrição da página. Atualmente o TEX original é considerado obsoleto, e a maioria das distribuições usa o pdfTEX de Han The Tan em seu lugar.

LATEX (pronúncia correta lay tech) é uma linguagem de macro que facilita o uso do TEX por leigos (aliás a primeira sílaba do nome se pronuncia exatamente igual à palavra inglesa lay, que significa "leigo"). Cada comando LATEX é um atalho para um conjunto de comandos TEX. Em outras palavras, LATEX é um tipo de interface de usuário para o TEX.

Um documento LATEX contém vários comandos, que especificam como ele será impresso. Alguns desses comandos são opções globais (fonte, tamanho de página, estilo do documento, etc.) outros são locais (itálico, negrito, etc.) e outros são ferramentas para permitir a inserção e controle de citações, referências cruzadas, etc. Estas ferramentas existem proque o LATEX foi desenvolvido para o preparo de textos acadêmicos. Se você usá-lo para formatar sua tese de Engenharia, por exemplo, aprenderá a amá-lo!

\documentclass[a4paper,oneside,12pt,titlepage]{scrreprt}\usepackage{ifpdf,html,mathptmx,courier,indentfirst,geometry}\usepackage[scaled=0.9]{helvet}\title{Título}\author{Autor}\date{\today}\begin{document}\maketitle\tableofcontents\chapter{Título do capítulo}Texto do capítulo.\begin{enumerate}\item item de uma enumeração\end{enumerate}\section{Título da seção}Texto da seção\begin{itemize}\item item de uma lista\end{itemize}mais algum texto\begin{quotation}Texto de uma citação\end{quotation}\end{document}

Um documento LATEX, como você pode ver, nada mais é do que texto mesclado a comandos. No documento acima temos os seguintes comandos:

  1. Escolha do tipo de documento (“documentclass”)
  2. Seleção de alguns pacotes de estilo (“usepackage”)
  3. Definição do título e do autor do documento
  4. Definição da data de composição como hoje
  5. Início do documento
  6. Colocação do título e do índice
  7. Primeiro capítulo
  8. Texto
  9. Uma enumeração
  10. Uma seção
  11. Uma lista de itens
  12. Uma citação
  13. Fim do documento

Tendo obtido um documento corretamente digitado, você executa sobre ele o comando de alguma variedade do LATEX, que pode ser o LATEX original, para impressão, o pdfLATEX para gerar um arquivo PDF ou o XELATEX, para gerar um PDF em Unicode usando fontes OpenType.

No próximo post eu vou apresentar uma série de modelos de documentos com os quais você pode gerar um livro formatado em alta qualidade.

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14
Jan 09
publicado por José Geraldo, às 16:39link do post | comentar

Para começarmos, devemos instalar o LaTeX em seu computador. Para isto é altamente recomendável que você tenha uma internet de alta velocidade pois será necessário baixar algumas centenas de megabytes de arquivos. De qualquer forma, o método de instalação menos exigente em termos de acesso à internet é a utilização do instalador do TeXlive em rede, que você encontra no site do Grupo de Usuários do TeX, aqui.

TeX, LaTeX, TUG!!! Hem?

Vamos primeiro nos entender quanto ao que são esses programas. Em primeiro lugar, TEX é o nome de um programa de computador criado entre 1976 e 1983 por Donald M. Knuth, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos com a finalidade de formatar suas obras sobre matemática. Knuth havia percebido que desde que os antigos linotipos foram substituídos por computadores, a qualidade gráfica de seus livros havia caído e ele queria criar um sistema que lhe permitisse controlar a apresentação de suas equações. Acabou criando um dos mais populares programas de formatação de texto do mundo.

Em 1989 o inglês Leslie Lamport criou o LATEX, um sistema de macros para o TEX que permitia que ele fosse usado por não-matemáticos (o próprio Knuth admitiu que criou o TEX para seu uso pessoal e que a princípio não imaginou que alguém mais o fosse usar). No início dos anos 90, Han The Than criou o pdfTEX, uma nova versão do TEX que produzia arquivos PDF em vez de apenas imprimir. Começou aí a popularização do LATEX, que passou a ser incorporado em todas as distribuições Unix e Linux do mundo.

Ainda nos anos 90 começou-se a desenvolver um projeto de internacionalização do TEX, para permitir que ele fosse usado para criar documentos em outras línguas. Depois de muitos anos de desenvolvimento, chegou-se, em 2005, ao XETEX, um programa que se comporta como o TEX, mas que aceita quaisquer caracteres e fontes. Agora, finalmente, documentos tipográficos de qualidade estavam disponíveis, no mesmo nível, para pessoas de todas as culturas.

O TUG (TEX Users Group) é a maior associação de usuários em todo o mundo. Ele é o responsável pela criação e pela distribuição do TEXLive, uma das mais populares distribuições TEX do mundo. O TEXLive inclui todos os programas de que precisamos, por isso é ele que eu estou recomendando.

Procedimentos de Instalação

Tendo baixado o programa de instalação linkado lá em cima (note que existem várias versões, para diversos sistemas operacionais), descompacte-o em algum lugar e depois execute-o. Ele vai fazer uma série de checagens para saber se o seu sistema suporta o TEXLive e, em caso positivo, o orientará durante a instalação.

O procedimento de instalação é simples, basta que você selecione quais pacotes você quer instalar. Se você não se importa em ficar muitas horas baixando e se tem 3 GB de espaço, talvez queira instalar tudo. Nesse caso basta escolher o pacote texlive-full e esperar. Mas isso não é necessário para obter o que queremos, basta instalar a seguinte lista de pacotes:

  • bin-lacheck
  • bin-pdftools
  • bin-texlive
  • collection-basic
  • collection-basicbin
  • collection-humanities
  • collection-langportuguese
  • collection-xetex
  • enumerate
  • enumitem
  • fancybox
  • fancyhdr
  • fancyref
  • fontspec
  • footmisc
  • hyperref
  • hyphen-portuguese
  • ifthenelse
  • lettrine
  • lshort-portuguese
  • makeindex
  • paralist
  • pdfpages
  • picinpar
  • poemscol
  • polyglossia
  • sectsty
  • setspace
  • titlesec
  • tocloft
  • url
  • xcolor
  • xunicode

Selecionando estes pacotes (e suas respectivas dependências) você já está preparado para usar o XETEX, mas não para usar o pdfTEX. Se você preferir usar este, deverá instalar uma série de outros pacotes, entre os quais os principais são:

  • babel
  • charter
  • collections-fontbin
  • collections-fontsrecommended
  • fontinst
  • fourier
  • fouriernc
  • gfs-artemisia
  • gfs-neohellenic
  • helvet
  • iwona
  • kerkis
  • kpfonts
  • libertine
  • mathdesign
  • mathpazo
  • mathptmx
  • pdftex
  • psfnss
  • pxfonts
  • ucs
  • txfonts
  • type1cm
  • zapfding

Em sua maioria estes pacotes adicionais são fontes e pacotes de suporte a fontes. Eles são necessários porque ao contrário do XETEX, que usa as fontes disponíveis no seu sistema, o pdfTEX precisa de fontes especiais, localizadas em uma estrutura especial em seu disco rígido.

Como tudo na vida, existem vantagens e desvantagens em ambos. O XETEX é mais fácil de usar, mas ao custo de se perder um pouco a qualidade tipográfica. O pdfTEX requer uma instalação muito maior e é mais difícil de usar (só um pouquinho, na verdade) mas obtém-se com ele um resultado gráfico superior.

O processo de instalação é bastante intuitivo e você não deve ter problemas. No próximo post eu lhe explico como interagir com o TEX.


13
Jan 09
publicado por José Geraldo, às 22:17link do post | comentar

Para publicar seu livro através do esquema de impressão por demanda você precisa ser capaz de gerar miolo e capa em formato PDF. Este formato de arquivo é o padrão da indústria no mundo todo, menos no Brasil, onde a maioria das gráficas prefere pedir seu texto em formato Word para que elas façam a diagramação e cobrem por isso. Gerar PDF já foi algo muito complicado, mas atualmente é algo muito fácil.

A facilidade da geração de PDF significa que muitas pessoas estão fazendo isso. A maioria dos livros eletrônicos que você pega na Internet estão em formato PDF. Verifica-se, porém, que a vulgarização de uma tecnologia é invariavelmente acompanhada de uma vertiginosa queda de qualidade. No caso o que temos é que a maioria das pessoas que atualmente fazem livros eletrônicos não tem noções básicas de composição tipográfica, e o resultado disso são documentos muito feios e poucos funcionais que, se impressos por um sistema sob demanda, resultarão em livros horrorosos, de aparência amadora. Não é isto que você quer.

Qualidade e Beleza Andam Juntas

A aparência desleixada e desenxabida de 9 em cada 10 documentos que você pega na Internet se deve a uma combinação de três fatores:

  1. Uso da ferramenta errada (processadores de texto, fontes, ferramentas de conversão, etc.);
  2. Abandono de convenções tidas como “ultrapassadas” ou “frescuras” que, na verdade, são o que diferencia um texto formatado porcamente de um texto agradável de se ler;
  3. Falta de gosto na hora de escolher os modelos de documento.

Para chegar a ser capaz de criar um documento bonito, então, você precisa usar a ferramenta certa, empregar as convenções tipográficas adequadas e ter bom gosto. Se você acha que não quer aprender isso, bem, não se preocupe, você sempre pode pagar para que alguém faça por você. ;-)

Ferramentas Adequadas

Eu não conheço todas as ferramentas adequadas que há no mercado, eu não sei de tudo. O que sei é que encontrei ferramentas que fizeram por mim o que preciso — e o fizeram muitíssimo bem. São estas as ferramentas que vou lhe recomendar.

LaTeX
Um programa para formatação de conteúdo e geração de PDF que apresenta qualidade tipográfica altamente profissional.
InkScape
Um programa para edição e criação de imagens vetoriais (que será usado para as capas)
Open Font Library
Site no qual você encontrará uma série de fontes de alta qualidade para compor o seu documento.

Você poderá, se quiser, utilizar outras ferramentas também. Só não me pergunte quais e nem como. Este é o meu caminho, nele eu posso lhe guiar.

Convenções Tipográficas

Usando LaTeX você praticamente não precisará se importar com isso, visto que ele formata o documento para você da melhor maneira possível. Os modelos LaTeX que vou disponbilizar também o ajudarão a superar esta barreira.

Bom Gosto

Gosto é algo relativo, e é por isso que muitos autores quererão ter o controle de como seus livros são colocados na impressora. Neste ponto o LaTeX já lhe oferece uma aparência bastante boa, personalizações são possíveis, mas para isso você deverá começar a aprender a mexer nas “entranhas” da linguagem.

Principais Erros na Formatação de E-Books

Entre os principais erros que já vi na formatação de livros eletrônicos, enumero os seguintes:

  1. Falta de justificação correta do texto dos parágrafos;
  2. Ausência de hifenização, gerando “rios” no meio dos parágrafos;
  3. Falta de controle de linhas órfãs e viúvas;
  4. Uso de fontes inadequadas, inclusive de tamanhos de fonte inadequados;
  5. Uso de formato de papel inadequado;
  6. Abuso de formatação;
  7. Uso de pontuação incorreta (travessões, aspas, dois pontos, etc.)
  8. Formatação incorreta de tabelas;
  9. Formatação incorreta de listas;
  10. Formatação incorreta de citações e referências;
  11. Formatação incorreta de notas de rodapé;
  12. Mau posicionamento de figuras, tabelas e gráficos;
  13. Falta de coerência na formatação de termos estrangeiros, termos técnicos, licenças poéticas, etc.;
  14. Ausência de indexação;
  15. Má formatação de áreas especiais (cabeçalhos e rodapés).

A observação de normas tipográficas e convenções de formatação de textos não é uma frescura, é um instrumento para valorizar o conteúdo, dando-lhe uma apresentação adequada. Se você pretende ser o seu próprio editor, mesmo que de uma pequena edição, então é claro que você precisa deixar de produzir documentos mal-feitos e difíceis de ler e obter uma qualidade tipográfica aceitável, uma aparência profissional que os seus leitores valorizarão.

Reconhecendo erros

Saber onde você está errando não é difícil. Pegue um livro e compare o que está impresso nele com o que você imprimiu de seu “livro” e se pergunte, seriamente, se você pode imprimir e sair vendendo aquilo que você acabou de imprimir. Se você acha que sim, então, das duas uma: ou você não precisa mais de minha ajuda, pois já sabe o que precisa saber e está pronto para publicar-se ou então é porque você ainda não tem capacidade de diferenciar o que é belo do que é feio, o que é certo do que é errado, o que é arte do que é lixo. Não se preocupe, você não está só, está é na maioria até.

Mas se você reconhece diferenças absurdas entre os dois exemplos, então provavelmente está na hora de você rever alguns de seus conceitos. Infelizmente não há espaço para explicar tudo sobre estas convenções. Por isso eu vou preferir explicar-lhe como instalar o LaTeX em seu computador. Através dele você obterá documentos de qualidade superior com relativa facilidade.


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